Os impactos diretos na
economia causados pela pandemia do coronavírus são óbvios e inquestionáveis.
Não podemos atribuir responsabilidades aos gestores públicos pelos impactos, mas
podemos responsabilizá-los pela inércia na execução de medidas que objetivam
reduzir a intensidade e duração de seus efeitos. O desemprego aumentou, a
pobreza e extrema pobreza, também. Tivemos recessão econômica no ano de 2020,
mas teremos um crescimento positivo em 2021, só que este crescimento não é
suficiente para reverter os problemas causados, isto levará muitos anos e
custará muito caro.Muitos setores da atividade
econômica estão sofrendo muito e com dificuldades de reverter a crise, exemplo
disto é o setor de serviços. A Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE apresentou
uma queda acumulada nos últimos doze meses, com base em março deste ano, de 8%
no volume de serviços e o índice da média móvel trimestral ainda está abaixo da
média pré-pandemia. Os serviços prestados às famílias caíram, 39,8% no mesmo
período, sendo que no setor de serviços de alojamento e alimentação a queda foi
de 41%.
A economia irá se recuperar se
não tivermos muitas aventuras insanas por parte de nossas autoridades
econômicas. Mas pelas declarações recentes do ministro da Economia, Paulo
Guedes, é possível que não tenhamos êxito numa retomada sustentável. Em recente
entrevista o ministro deixou a entender que como em 2022 teremos eleições o
governo “irá para o ataque”. Muitas interpretações podem ser tiradas desta
afirmação. Numa interpretação livre podemos concluir que a intenção é de se
aumentar os gastos públicos para gerar uma falsa sensação de bem estar e
garantir a reeleição.
É muito provável que consigam
o intento, porém o custo desta possível estratégia virá na manutenção do
desequilíbrio das contas públicas e na necessidade imperativa de se fazer
reformas mais vigorosas nos anos que se sucederem ao eventual êxito (ou não)
nas urnas. De qualquer forma, se levarem a cabo esta estratégia a conta será
cobrada dos cidadãos brasileiros de forma geral, sem prejuízo para os agentes
políticos e para a pequena elite brasileira, de forma específica.
Recentemente comentei neste
espaço sobre as evidências históricas do processo de desenvolvimento de muitas
economias apontando que estas passaram pelo fortalecimento da agricultura e da
educação. Pois bem, nossa agricultura está forte e vigorosa, tanto que temos
previsão de safra recorde. Já a educação não vem sendo tratada com a devida
importância pelos nossos gestores públicos de forma geral. Não me refiro a
casos particulares.
Há praticamente quatorze meses
de ensino não presencial na maioria das escolas, colégios e universidades e,
ainda não tivemos uma manifestação formal dos governos federal, estaduais e
municipais sobre o prejuízo na formação de nossos jovens. É inquestionável que
aprender a distância para nossas crianças não é tarefa tão simples. Sem falar
na ausência de estrutura nos dois sentidos: dos educadores e educandos.
Muitos alunos, em nosso país,
não têm acesso a computador e internet. Muitos professores também não têm. Pode
parecer um absurdo para algumas pessoas a afirmação de que, em pleno século 21,
alguém não tenha acesso a computador e internet. Mas a realidade é dramática. Pode
ser que na região sul e sudeste esta realidade seja menos evidente, mas na
média brasileira a sensação que temos é de muita exclusão. Este debate tem que
começar logo sob o risco de colocarmos o crescimento econômico futuro, que é
dependente da educação, em sérios riscos.
Muitos setores da atividade
econômica estão sofrendo muito e com dificuldades de reverter a crise, exemplo
disto é o setor de serviços. A Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE apresentou
uma queda acumulada nos últimos doze meses, com base em março deste ano, de 8%
no volume de serviços e o índice da média móvel trimestral ainda está abaixo da
média pré-pandemia. Os serviços prestados às famílias caíram, 39,8% no mesmo
período, sendo que no setor de serviços de alojamento e alimentação a queda foi
de 41%.
A economia irá se recuperar se
não tivermos muitas aventuras insanas por parte de nossas autoridades
econômicas. Mas pelas declarações recentes do ministro da Economia, Paulo
Guedes, é possível que não tenhamos êxito numa retomada sustentável. Em recente
entrevista o ministro deixou a entender que como em 2022 teremos eleições o
governo “irá para o ataque”. Muitas interpretações podem ser tiradas desta
afirmação. Numa interpretação livre podemos concluir que a intenção é de se
aumentar os gastos públicos para gerar uma falsa sensação de bem estar e
garantir a reeleição.
É muito provável que consigam
o intento, porém o custo desta possível estratégia virá na manutenção do
desequilíbrio das contas públicas e na necessidade imperativa de se fazer
reformas mais vigorosas nos anos que se sucederem ao eventual êxito (ou não)
nas urnas. De qualquer forma, se levarem a cabo esta estratégia a conta será
cobrada dos cidadãos brasileiros de forma geral, sem prejuízo para os agentes
políticos e para a pequena elite brasileira, de forma específica.
Recentemente comentei neste
espaço sobre as evidências históricas do processo de desenvolvimento de muitas
economias apontando que estas passaram pelo fortalecimento da agricultura e da
educação. Pois bem, nossa agricultura está forte e vigorosa, tanto que temos
previsão de safra recorde. Já a educação não vem sendo tratada com a devida
importância pelos nossos gestores públicos de forma geral. Não me refiro a
casos particulares.
Há praticamente quatorze meses
de ensino não presencial na maioria das escolas, colégios e universidades e,
ainda não tivemos uma manifestação formal dos governos federal, estaduais e
municipais sobre o prejuízo na formação de nossos jovens. É inquestionável que
aprender a distância para nossas crianças não é tarefa tão simples. Sem falar
na ausência de estrutura nos dois sentidos: dos educadores e educandos.
Muitos alunos, em nosso país,
não têm acesso a computador e internet. Muitos professores também não têm. Pode
parecer um absurdo para algumas pessoas a afirmação de que, em pleno século 21,
alguém não tenha acesso a computador e internet. Mas a realidade é dramática. Pode
ser que na região sul e sudeste esta realidade seja menos evidente, mas na
média brasileira a sensação que temos é de muita exclusão. Este debate tem que
começar logo sob o risco de colocarmos o crescimento econômico futuro, que é
dependente da educação, em sérios riscos.
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