Que os preços dos combustíveis em
Apucarana são uns dos mais caros do estado isto é fácil de comprovar. Além dos
levantamentos periódicos efetuados e divulgados pelo jornal Tribuna do Norte,
também é possível acompanhar a pesquisa realizada semanalmente pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No último levantamento de preços
feito pela ANP, realizado no período de 11/06 a 17/06/2017, constatou-se que
preço médio da gasolina e do etanol em Apucarana foi, respectivamente, R$ 3,724
e R$ 2,761. Como afirmar que são os maiores da região ou do estado? Oras bolas,
inúmeras manifestações nas redes sociais deram conta disto. Mas para confirmar
tal afirmação podemos nos basear nos levantamento de preços da ANP.
No estado do Paraná a ANP efetua
levantamentos de preços em trinta municípios, sendo de nossa região: Apucarana,
Arapongas, Cambé, Londrina e Maringá. O preço médio dos trinta municípios foi
de R$ 3,572 para a gasolina e R$ 2,625 para o etanol. Se considerarmos somente
os municípios selecionados da região o preço médio fica em R$ 3,595 para a
gasolina e R$ 2,606 para o etanol.
Em Apucarana a gasolina possui o segundo
maior preço médio dentre os municípios pesquisados no estado. Já o preço do
etanol ficou sendo o terceiro mais caro da pesquisa. Dos municípios da região
abrangidos pela pesquisa o preço médio da gasolina é o segundo maior, ficando
atrás somente dos preços médios de Maringá e para o etanol temos o maior preço
médio. Tendo como base os dados da semana anterior a este levantamento
constatamos que praticamente em todos os trinta municípios ocorreram reduções
nos preços médios dos combustíveis. Somente em Apucarana que os preços médios
não variaram. Qual seria a razão disto?
Com certeza tal assunto preocupa
e deve provocar uma discussão mais qualitativa acerca do assunto. Porém alguns
apontamentos de ordem técnica devem ser considerados na análise para que não se
cometam leviandades ou críticas sem razões para isto.
Quando os preços são pesquisados
pela ANP os postos também apresentam as notas fiscais das compras de
combustíveis. Desta forma é possível calcular a margem bruta média que os
postos de combustíveis estão praticando nos municípios. Os preços médios de
custos das distribuidoras para os municípios selecionados, no período
levantado, ficaram em R$ 3,095 para a gasolina e R$ 2,197 para o etanol.
Considerando os preços médios de venda a margem bruta fica em 15,4% para a
gasolina e 19,5% para o etanol. Em Apucarana o custo médio da gasolina para os
postos é o oitavo mais caro e o etanol o sexto. Desta forma, a margem bruta que
os postos recebem pelos combustíveis em Apucarana é a oitava maior para a
gasolina e a quarta maior para o etanol no estado. Na região é a terceira maior
para a gasolina e segunda maior para o etanol.
Outros fatores que tem que ser avaliados para estruturar os custos de comercialização e, consequentemente, a formação do preço de venda são os itens relacionados à hospitalidade que o postos de combustíveis possuem, tais como: atendentes qualificados, loja de conveniência, cafés, duchas grátis, pão de queijo grátis e outras estruturas e serviços para fidelizar o cliente. Estes fatores são difíceis de serem inferidos, pois cada empresa atua com estratégias específicas.
Outros fatores que tem que ser avaliados para estruturar os custos de comercialização e, consequentemente, a formação do preço de venda são os itens relacionados à hospitalidade que o postos de combustíveis possuem, tais como: atendentes qualificados, loja de conveniência, cafés, duchas grátis, pão de queijo grátis e outras estruturas e serviços para fidelizar o cliente. Estes fatores são difíceis de serem inferidos, pois cada empresa atua com estratégias específicas.
Que os preços dos combustíveis em
Apucarana são mais caros que em outras praças, eles são. Existem motivos de
ordem técnica que levam a esta situação, mas o comportamento do consumidor em
buscar e reivindicar preços melhores ou serviços complementares maiores devem
sempre existir. Antes de qualquer coisa, ou se faz pesquisa de preços ou se
pede o desconto por não aceitar a ducha grátis, que de grátis não tem nada.
Está incluída no preço do combustível. E quem paga e não leva está aumentando a
margem de lucro dos postos. A solução pode ser uma questão de atitude coletiva.
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