O desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre de 2015, como já era esperado por todos, foi ruim, apresentando uma evolução negativa de 0,2% em relação ao último trimestre do ano passado.
Considerando somente o primeiro trimestre foi o pior resultado desde o ano de 2009, quando a queda foi de 2,2%. Mas naquele momento havia um crise financeira internacional que estava atingindo a todas as economias. Hoje o cenário mundial ainda não é dos melhores, mas as economias desenvolvidas estão começando a crescer.
Mais uma vez o setor agropecuário teve um desempenho muito bom, o PIB do setor cresceu 4,7% no trimestre analisado. Já a indústria reduziu 0,3% e o setor de serviços caiu 0,7%. Foi o pior desempenho do setor de serviços para o trimestre desde o ano de 2001.
Já do lado do dispêndio temos que o grande combustível da atividade econômica nos últimos anos, o consumo das famílias, está dando mostras do que a política monetária expansionista, o excesso de crédito e o nível de endividamento das famílias podem fazer com a economia quando aplicados sem compromissos com o futuro. O consumo das famílias caiu 1,5%. O pior desempenho para o primeiro trimestre desde o ano de 1997.
Esses indicadores realmente não são bons e dão indicativo de que a economia brasileira poderá entrar em recessão.
Os críticos de plantão podem até achar que a divulgação desses dados é propagar o negativismo. Pelo contrário, esses dados devem servir para que os formuladores de política econômica assumam o estrago causado na economia nos últimos quatro anos e passem e formular políticas que visem reverter o cenário posto.
O primeiro trimestre de 2015 não foi ruim, foi péssimo. Além do consumo das famílias o consumo do governo e os investimentos também caíram. Ambos encolheram 1,3% no trimestre.
Portanto, indicativos de que algo deve ser feito já temos, e faz tempo. Resta agora o governo parar de "lero-lero" e fazer o que deve ser feito para tentar minimizar o sofrimento dos brasileiros.
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