Uma das maiores preocupações
econômicas que as pessoas possuem é com o desemprego. Estamos vivenciando um
período de crise econômica causada por uma pandemia mundial. Com esta crise o
país já fechou mais de 1,19 milhão de empregos formais. Novos desempregados que
se somam aos mais de doze milhões que eram contados no final do ano passado.
E a tendência é de o
desemprego aumentar nos próximos meses. Com isto os danos para as famílias
brasileiras serão muito grandes. Neste momento as cobranças se voltam para o
governo federal, que é responsável pela elaboração e implementação de políticas
econômicas para combater a crise com a retomada do crescimento econômico.
E é isto mesmo que acontece: o
governo federal é que tem que tomar as medidas emergenciais para buscar
soluções para o desemprego. Situação confortável para governadores e prefeitos,
pois eles podem construir narrativas tentando colar toda a responsabilidade no
governo federal.
Mas se isolarmos os eventos
recentes que abalaram o mercado de trabalho brasileiro e fizermos uma análise
dos últimos três e sete anos, onde governos estaduais e municipais podiam ter
construído políticas públicas para a geração de emprego e renda,
identificaremos que estes agentes políticos também devem compartilhar
responsabilidades com o governo federal acerca do nível de emprego e de desemprego.
Em 2013 nossos país possui
48,9 milhões de trabalhadores empregados no mercado formal. Já em 2016 o volume
de trabalhadores formais caiu para 46,0 milhões. Um aumento estrondoso no
desemprego. Em 2019 passou para 47,3 milhões. No Paraná, neste mesmo período o
mercado formal de emprego ficou estável em 3,1 milhões de empregados.
Já numa análise da nossa
microrregião, que engloba nove municípios, podemos verificar que as coisas não
caminharam tão bem assim. Em 2013 a microrregião de Apucarana possui 90,0 mil
empregos formais que foi reduzido a 85,5 mil em dezembro de 2019. Foram 4.509
postos de trabalho fechados. Milhares de famílias empobreceram pela queda na
renda.
Nos primeiros seis meses do
ano tivemos o fechamento de 1.609 postos de trabalho, mas estes foram por causa
da crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. Mas e os empregos
perdidos nos últimos sete anos?
No estado do Paraná o emprego
formal ficou estável no período de 2013 a 2019, mas ocorreram oscilações nas
diversas regiões que dependeram da dinâmica dos setores econômicos, mas também
dependeram das ações de nossos agentes políticos em atrair empresas, capacitar
a mão-de-obra, de melhorar a oferta de serviços de saúde e da melhora da
qualidade do sistema educacional.
Não quer dizer que isto não tenha ocorrido em todos os municípios, mas naqueles em que o desemprego foi mais vigoroso os questionamentos devem ser feitos, sim. Na análise dos últimos três anos temos que o cenário do emprego melhorou na região com a criação de 2.828 postos de trabalho, porém no agregado dos últimos sete anos os nossos agentes políticos estão devendo empregos para a população.
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