A
cada dois anos nosso país entra numa espécie de êxtase político. Neste contexto
muitas pessoas que ocupam cargos eletivos querem se manter nos cargos, e muitas
outras, que querem se candidatar a estes cargos, buscam criar espécies de
sistemas ilusórios. É o processo eleitoral brasileiro que aflora e a busca pelo
poder se torna evidente, porém com diversas tentativas de maquiar as
verdadeiras intenções dos protagonistas.
A
relação entre o processo eleitoral e a condução da economia é muito íntima,
pois são os agentes políticos eleitos que possuem a missão de efetuar a
condução da política econômica que, por sua vez, busca em seu escopo a melhoria
da qualidade de vida das famílias.
Em
resumo, estamos falando de política econômica, que nada mais é do que a
administração do conjunto de ações ou medidas a serem tomadas para se atingir
os seus objetivos, que são: alto nível de emprego, estabilidade de preços,
distribuição da renda, equilíbrio externo e crescimento econômico.
Para
um analista mais observador é fácil identificar a presença destes objetivos nas
propostas de planos de governos dos candidatos a presidência da República. Se
um candidato brada que, se eleito, o seu governo irá gerar certa quantidade de
novos empregos, imediatamente os seus adversários buscam aumentar estes números
efetuando promessas superiores. E o mesmo ocorre com o controle da inflação,
crescimento econômico e distribuição de renda.
É
isto mesmo, estamos falando de promessas eleitorais que se vinculam aos
objetivos de política econômica. Estes fatos já fazem parte do cotidiano dos
brasileiros e muitos (ou quase todos) eleitores já preparam os seus ânimos para
serem abordados pelos candidatos que irão apresentar o seu conjunto de
“promessas”.
Isto
não acontece somente no caso de eleições presidenciais, também ocorre com
relação aos outros cargos. Candidatos a cargos no legislativo federal também
fazem isto. Candidatos aos governos estaduais e legislativos estaduais, também.
E, como não poderia ser diferente, os candidatos a prefeitos e vereadores usam
e abusam desta prática. E neste ano teremos eleições municipais e já está
aberta a “temporada de caça” aos votos.
Com
efeito, já podemos verificar os movimentos, que usam essencialmente de questões
econômicas, para tentar convencer os eleitores de que fulano ou beltrano são as
pessoas ideias para se “manter” ou para assumir determinados cargos eletivos.
Quem
já está em cargo eletivo é que tenta criar a espécie de sistema ilusório para o
quadro econômico atual e busca demostrar que a situação econômica e social
melhorou muito depois que assumiu a função. Com isto tenta justificar a sua
manutenção na função. Por outro lado, quem não possui uma função eletiva tenta
“colar” em personalidades políticas para se projetar ou passa a criar um
ambiente ilusório reverso, apresentando um cenário de caos.
Diante
de tudo isto, estamos nós eleitores, que somos tomados pelos tsunamis de
promessas e críticas e, muitas vezes, acabamos desconectados da realidade que
nos cerca. Os candidatos tentam criar ilhas de prosperidades que muitas vezes
não existem e fogem completamente do que é relevante para o debate político
atual.
Os
eleitores devem buscar o debate qualificado e pressionar os candidatos a se
comprometerem de forma efetiva com melhorias da qualidade de vida da população.
Cada um dentro das atribuições dos cargos a que concorrem, mas o compromisso
deve ser efetivo. Chega de promessas preferidas que nunca são cumpridas. A
sociedade quer e merece respeito.
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