É inegável que a economia
brasileira está retomando o crescimento econômico. De forma tímida, mas está.
Basta analisar os principais indicadores econômicos que se chega facilmente
nesta conclusão. Os opositores do governo irão pregar que está tudo muito ruim
e que pode piorar para sugerirem uma convulsão social. Um levante contra o
liberalismo do governo.
Os mais céticos irão dizer que
é cedo para comemorar, pois ainda há muito a recuperar após a crise financeira
global da década passada. Já os governistas, os militantes bolsonaristas,
asseclas e apaniguados irão afirmar que está tudo ótimo e isto só está
acontecendo por causa das ações enérgicas do presidente da República.
A inflação fechará o ano bem
abaixo da meta. A expectativa é que o IPCA acumule uma inflação de 3,8%, em
2019. O Banco Central divulgou nesta sexta-feira o resultado de outubro do
IBC-Br, que é um indicador que tem o objetivo de trazer uma prévia da atividade
econômica. Para o mês de outubro o indicador demonstrou que a atividade
econômica de outubro de 2019 cresceu 0,17% em relação a setembro. O acumulado
em 12 meses ficou em 0,96%, sendo que o acumulado de janeiro a outubro deste
ano ficou em 0,95%. Com isto, fica reforçada a expectativa de crescimento da
economia brasileira em torno de 1,1% no ano.
Ruim para uns, pouco para
outros e suficiente para os governistas. É claro que o crescimento indicado é
baixo se considerarmos que já tivemos crescimento anual de 7,5%. Mas também
temos que considerar as crises vivenciadas nos últimos anos que colocaram nossa
economia “na lona”. Além da crise financeira global tivemos uma forte crise
política que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, déficits fiscais recorrentes
e aumento do endividamento do setor público.
Mas a economia está retomando
os rumos do crescimento. O governo Temer iniciou com algumas reformas
necessárias e o governo Bolsonaro está implementando outras. Ainda tem muito a
ser recuperado, mas é um começo. Rompeu-se com o ciclo recessivo e tenta-se
iniciar um período próspero.
De acordo com o Banco Central
do Brasil, o resultado do desempenho da economia poderia ser maior, mas foi
afetado pelo choque da crise argentina, pelo choque global e também estão
considerando o choque causado pela tragédia de Brumadinho. Estes eventos devem
ter puxado o PIB de 2019 para baixo em cerca de 0,68 ponto percentual. Sem eles
o crescimento poderia ser em torno de 1,8%.
A geração de emprego também
está retomando. Muito timidamente, mas está ressurgindo. Dados indicam que, de
janeiro a outubro deste ano, foram criados cerca de 841 mil novos postos de
trabalho. É pouco se comparados aos números de antes do furacão Dilma. Em 2011
o país gerou 1,96 milhão de novos empregos. Em 2012 foram 1,3 milhão e de lá
para cá, os empregos foram caindo, chegando a ficarem negativos.
Ainda temos que esperar o
desfecho da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Parece que estão
convergindo para acordos comerciais e com isto a economia brasileira poderá ser
afetada negativamente. Mas isto nossos políticos não comentam.
Em 2020 teremos eleições e
além dos cofres públicos terem que financiar as campanhas dos candidatos com um
gasto bilionário ainda teremos que ouvir todos eles vendendo ilusões a prazo.
Vai ser a mesma toada de outros anos eleitorais, ou seja, todos os candidatos
irão afirmar que se eleitos a situação irá melhorar. Mas é só retórica. Quando
se elegem esquecem as promessas e os eleitores esquecem de cobrar o cumprimento
das promessas. Depois começa outro fluxo circular da vida cotidiana. Até quando
iremos comprar ilusões?
0 comentários:
Postar um comentário