O
ano de 2019 já chegou e os eleitos para os cargos executivos já assumiram suas
novas funções. Da mesma forma, a maioria dos eleitores começou o ano ainda sob
o efeito do transe a que foram acometidos no período eleitoral. Os apoiadores
dos derrotados criticam tudo e torcem para que as coisas piorem e os apoiadores
dos vencedores ainda acreditam que os escolhidos resolverão todos os problemas
da sociedade. Sabem de nada, inocentes.
Sem
querer fazer uma digressão temos que compreender que a escolha dos gestores
públicos, em especial os agentes políticos, é constantemente falseada e conduz
os eleitores a efetuarem escolhas passionais, sem o mínimo de critério técnico
acerca da capacidade e qualidade de gestão. Com efeito, temos muitos
aventureiros ocupando cargos de prefeitos, governadores e até nos cargos
máximos de muitas nações.
Sempre
quando iniciam uma campanha eleitoral apontam que farão uma campanha
propositiva, com a apresentação de soluções para todos os problemas existentes.
E o povo, inocente, acredita neles e votam.
Não
se trata de criar um mantra contra os agentes políticos, mas muitas pessoas já
estão cansadas de ouvir a mesma ladainha saindo da boca dos políticos quando
estão em campanha. Afirmam que resolverão todos os problemas existentes e
quando assumem não cumprem com o prometido e ainda falam que precisarão de dois
mandatos para conseguir resolver todos os problemas existentes.
A
situação econômica e social de nosso país está longe de melhorar, pelo menos se
considerarmos que todos os eleitos ainda praticam a velha política. No período
eleitoral eles eram a solução e quando assumem os postos executivos começam as
alegações que estão pegando o município ou o estado sem dinheiro, endividado e
com total desequilíbrio nas respectivas finanças. Hipócritas. Será que eles não
sabiam a que estavam se candidatando? Se um candidato não conhece a realidade
do que está querendo assumir ele não merece ser eleito. A maioria dos estados
brasileiros está em dificuldades financeiras. O mesmo acontece com os
municípios e com a própria União.
Os
novos governadores dos estados de Roraima, Rio Grande do Norte e Mato Grosso
tão logo assumiram já decretaram situação de calamidade financeira. Estes se
somam aos estados de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais que já
estavam nesta situação. Também está ocorrendo uma verdadeira “procissão” de
governadores a Brasília para pedir socorro para o governo federal. Talvez o
próximo estado a declarar a calamidade financeira seja o de Goiás onde cerca de
80% da receita líquida está comprometida com folha de pagamento. Também estão
no mesmo grupo de Goiás os estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe, Distrito
Federal e Santa Catarina.
O
estado do Paraná está numa situação financeira considerada fraca, juntamente
com Maranhão, Piauí, Mato Grosso do Sul e Alagoas. A pequena vantagem é que
foram feitos dois ajustes fiscais recentes que deram um fôlego para as finanças
paranaenses, mas o novo governo criou um grupo de trabalho para identificar a
real situação financeira do estado.
A causa dos problemas
financeiros dos municípios, estados e União é produto de relações políticas
nefastas ao interesse público ao longo dos anos, mas entra governo e sai
governo e nenhum dos gestores irresponsáveis é punido pelos malefícios
cometidos nas finanças públicas. Pelo contrário, com o poder da propaganda
alguns ainda são lembrados com certo saudosismo. A população tem que ser mais
cética e acompanhar de forma mais próxima como os gestores gastam os recursos
públicos, caso contrário não sobrará pedra sobre pedra.
0 comentários:
Postar um comentário