Nosso
país está terminando o ano de 2018 numa situação bem melhor do que o iniciou. O
novo governo irá receber um país em fase de restabelecimento, porém, ainda deverá
ter muita serenidade, competência e bom senso para fazer a gestão econômica nos
próximos anos para colocar o Brasil em condições idênticas às dos países do
mesmo porte e para garantir a qualidade de vida que os brasileiros merecem.
Em
pesquisa recente foi demonstrado que, para 75% dos brasileiros, o Presidente
eleito e sua equipe estão no caminho certo, o que lhes garante suporte popular
para efetuar as mudanças necessárias.
Nosso
país precisa de muitas mudanças para melhorar a qualidade de vida da população
e o princípio de tudo é uma revisão geral dos conceitos e práticas que envolvem
a administração pública. Desde a produtividade do serviço público até a
qualidade dos gastos, passando pelos exageros de despesas e benefícios
concedidos bem como pelo gigantismo da cadeia de decisões tudo tem que ser
revisado. Não dá para o país se destacar como uma das principais economias do
planeta com o atual formato e comportamento da administração pública.
Uma
boa parte dos Estados e o Governo Federal estão fechando suas finanças no
vermelho. Os que conseguirão deixar as finanças equilibradas deixarão muito
pouco de recursos financeiros para os novos governantes que chegam com muitos
compromissos políticos e com uma cobrança gigantesca por parte da população.
Isto
tem reflexos no nível de investimento público no Brasil que deveria garantir a
infraestrutura social e econômica necessárias para que as pessoas tenham uma
melhora na qualidade de vida e para que os agentes econômicos possam garantir
um aumento no nível da atividade econômica.
Recentemente
o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou o relatório intitulado
“Avaliação da Gestão do investimento Público”, e indicou que o nível de
investimento público no Brasil é muito baixo se comparado com os países
integrantes dos BRICS e os vizinhos da América Latina: a média dos últimos
vinte e cinco anos ficou em 2,1% do PIB. Também apresentou que a diferença de
eficiência do investimento público no Brasil em relação aos países mais
eficientes é de 39% e para os países da América Latina é de 29%.
O
relatório também indicou que as áreas de priorização estratégica dos
investimentos e avaliação e seleção de projetos são as que apresentam
deficiências mais significativas. E isto é muito fácil de explicar quando vemos
recursos públicos sendo utilizados para construção de portais suntuosos de
entrada em municípios pelo país afora ao invés dos recursos serem aproveitados
em áreas que possam aumentar a competitividade das empresas brasileiras ou para
melhorar, diretamente, a qualidade de vida da população.
Na
avaliação da fase de planejamento dos investimentos 80% dos itens foram
considerados de baixa eficiência e 20% de média eficiência. O mesmo acontece na
fase da implementação dos projetos de investimentos públicos. Isto demanda uma
alta prioridade de reformas dos procedimentos.
O Presidente e os
governadores eleitos irão assumir seus mandatos com os indicadores econômicos
melhores, porém com um nível de exigência da sociedade muito maior, o que irá
demandar deles e de suas respectivas equipes muita competência e produtividade.
O mesmo deveria ser seguido pelos prefeitos. Ou os critérios de indicações de
assessores passam a utilizar a competência ao invés de afinidades políticas ou
continuaremos desperdiçando recursos com projetos mal concebidos e mal
executados. Ainda dá tempo de reverter a situação. Ainda não chegamos ao fundo
do poço.
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