O
Paraná é um estado pujante. Isto vem se demonstrando mesmo com as inúmeras
crises econômicas que ocorreram nas últimas décadas e mesmo com a atual crise
fiscal que todos os estados e municípios estão passando juntamente com o
governo federal.
Esta
característica de nosso estado é comprovada pelo “Ranking de Competitividade
dos Estados” divulgado pelo Centro de Liderança pública (CLP). O estudo tem o
apoio da BMF&BOVESPA e os seus estudos técnicos ficaram sob a responsabilidade
da empresa Tendências Consultoria e da “The Economist Intelligence Unit” (EIU)
que é a divisão de pesquisas do grupo que publica a revista “The Economist”.
Mas
a pujança e desempenho de nosso estado vem se comprometendo nos últimos anos.
No estudo citado o Paraná ocupa a quarta colocação no Ranking de
Competitividade dos Estados e isto deve ser motivo para se comemorar e muitos
políticos devem querem divulgar isto como efeito e feito de sua atuação
política. Porém, temos que destacar que, embora bem colocado no ranking de
2018, o Paraná vem piorando a sua colocação: em 2017 estava na terceira
colocação e em 2015 e 2016 ocupou a segunda colocação.
E
não se trata de mudança de colocação porque os outros estados tiveram avanços
maiores, nosso estado piorou o indicador, mesmo. Isto demonstra a necessidade
de se alterar as políticas públicas de desenvolvimento econômico, mais
especificamente as que operam e influenciam diretamente nos elementos
competitivos do estado. Estas áreas são chamadas de pilares do estudo que são:
Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez
Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade
Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.
O
estado piorou sua colocação no Ranking com destaque para a melhora de quatro
posições no pilar da Eficiência da Máquina Pública, ficando na segunda
colocação nacional e a piora no pilar da Segurança pública perdendo três
posições e ficando na sétima colocação nacional.
É
certo que os ajustes fiscais feitos pelo governo paranaense nos últimos anos
garantiram uma sobrevida para as suas finanças, mas também é certo que muito
pouco se fez em matéria de investimentos públicos e no pilar da Infraestrutura
houve uma piora no Ranking. Isto sem falar no desempenho do pilar de Potencial
de Mercado que está na 19ª colocação nacional. Da mesma forma, embora esteja
numa boa colocação no Pilar da Eficiência da Máquina Pública o mesmo não
acontece na colocação do Ranking no pilar de Solidez Fiscal, que ocupa a 10ª colocação.
O
governador eleito para o estado, Ratinho Jr, se destacou no período de campanha
com a apresentação de propostas de mudança política e com o compromisso de dar
mais eficiência para a máquina pública. Isto é o que todos os paranaenses
esperam dele.
Sua
proposta de criar as agências regionais de desenvolvimento socioeconômico numa
parceria a ser provocada entre as universidades públicas e a sociedade civil
organizada me parece ser uma alternativa interessante para potencializar o
desenvolvimento regional através de pesquisas aplicadas, porém as propostas
devem conter indicadores de resultados físicos que confiram à ação a
efetividade esperada no momento da concepção da pesquisa.
O
Paraná merece e tem muito a avançar com a mudança política que seus cidadãos indicaram
nas urnas. Resta esperar e torcer para que todas as promessas se transformem em
compromissos efetivos e que passem do papel e do discurso para a prática
efetiva. É isto que os paranaenses merecem e esperam. Que Ratinho Jr tenha uma
excelente gestão na condução de nosso querido Paraná.
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