O
nível de escolaridade, sem sombras de dúvidas, é um requisito fundamental para
que uma pessoa tenha uma vantagem competitiva no momento de disputar uma vaga
de emprego. Como um critério de escolha seria natural uma empresa escolher
candidatos à vaga de emprego considerando o seu grau de instrução.
Na
atualidade este é só mais um dos dilemas enfrentados pelas pessoas que estão
desempregadas e que procuram um emprego. Por outro lado, temos que considerar o
perfil das empresas instaladas que irão demandar tais ocupações.
Tenho
acompanhado algumas discussões acerca do assunto e se ouve de tudo um pouco,
mas continuo com a opinião de que o ensino profissionalizante é uma alternativa
para qualificação mais rápida para o mercado de trabalho. Por isto, é interessante
que os jovens optem por uma formação de nível médio que lhes garantam uma
formação técnica para tentar se inserir, com mais facilidade, no mercado de
trabalho. Desta forma, com o emprego fica mais fácil financiar o curso
superior.
E
quando se fala em financiar o curso superior é uma referência a qualquer
situação de dependência administrativa, pois até no caso de um curso em
universidade pública e gratuita é necessário que o aluno tenha recursos para
financiar o seu transporte, materiais diversos, livros, assinaturas de
revistas, despesas com fotocópias, viagens de estudos, etc. Então não se iludam
em pensar que a universidade pública consegue fornecer a gratuidade plena, até
porque todas as universidades públicas estão sofrendo cortes em seus orçamentos
e muitas mal estão conseguindo operar com o mínimo de condições.
Mas
a questão de se fazer um curso técnico que garanta um mínimo de empregabilidade
passa pela aderência da formação do curso ao perfil das empresas instaladas no
município em que o jovem reside ou mesmo nos municípios da região. Se o
objetivo de fazer um curso técnico é a inserção no mercado de trabalho de forma
imediata, de nada adiantará um jovem fazer um curso técnico em uma área em que
não tem empresas instaladas na região. Vale pelo conhecimento, mas não ajudará
a conseguir um emprego imediato.
Muitas
pessoas críticas poderão questionar a abordagem deste texto puxando razões
ideológicas. Porém, a temática da empregabilidade, termo que é rechaçado por
muitos analistas por questões ideológicas, é necessária ser levada em consideração,
principalmente para um jovem que precisa se inserir no mercado de trabalho, ou
seja, que precisa conseguir um emprego para ajudar no sustento de sua família
ou mesmo para que ele consiga adquirir bens e serviços de sua vontade.
Numa
breve análise dos resultados do Censo Escolar divulgado pelo INEP, órgão
vinculado ao Ministério da Educação, é possível identificar uma forte evasão
das séries iniciais para as séries finais do ensino fundamental. O mesmo
acontece quando se analisa a transição do ensino fundamental para o médio.
Nossos
jovens estão evadindo da escola em todos os níveis e isto terá seus reflexos no
momento de procurarem um emprego para seguirem suas vidas. Nos últimos 12 meses
cerca de 63% das pessoas que conseguiram um emprego nos municípios da
microrregião de Apucarana possuíam escolaridade equivalente ao ensino médio ou
superior. Com isto fica nítido que os jovens que estão evadindo da escola terão
dificuldades para conseguir um emprego e “seguirem suas vidas”. As autoridades
políticas e a sociedade civil organizada não podem deixar de lado a
problemática da evasão escolar. É um problema que tem que ser enfrentado sem
“rodeios ou meias conversas”.
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