A semana está agitada com os resultados
econômicos que estão sendo divulgados. A produção chinesa subiu acima do
previsto no mês de abril, porém o consumo interno começa a demonstrar que está
perdendo o vigor: as vendas no varejo cresceram 9,4% em abril ficando abaixo do
desempenho de março, que foi de 10,1%. Esses indicadores indicam que a economia
chinesa está começando a perder sua força.
Já, no Brasil, o setor de serviços teve um
desempenho negativo no mês de março apresentando um desempenho de -0,2%. No acumulado dos últimos 12 meses (de abril de 2017 a março de 2018) o
setor de serviços acumulou um resultado de -2,0%.
A prévia do PIB brasileiro para o mês de março
apresentou uma redução de 0,74% em comparação com o mês anterior, segundo o
IBC-BR divulgado pelo Banco Central do Brasil (BACEN). O primeiro trimestre de
2018, na comparação com o último trimestre de 2017, apresenta uma previsão de
redução de 0,13%. Os dados oficiais sobre o desempenho do PIB no primeiro
trimestre serão divulgados no dia 30 de maio.
Contrastando com isto o Banco Central Americano
(FED) divulgou o resultado da produção industrial dos Estados Unidos:
crescimento de 0,7% no mês de abril, acumulando um crescimento de 3,5% no
acumulado de 12 meses. Junto com este dado foi divulgado que a utilização da
capacidade instalada da indústria americana ficou em 78% em março, segundo maior
índice dos últimos 12 meses.
A economia japonesa apresentou um retração no
PIB no primeiro trimestre de 2018 de 0,2% após dois anos de crescimento. A
esperança das autoridades econômicas japonesas é de que o economia se recupere
a partir do segundo trimestre puxado pela economia global e pelo aumento das
exportações de produtos manufaturados.
O atual momento da conjuntura econômica
internacional está agitando o mercado financeiro e a decisão do Copom acerca da
taxa de juros básica da economia, a Selic, poderá provocar um aumento na
cotação da moeda americana que, juntamente com o aumento do consumo, ajudará a
pressionar os preços para cima, aumentando a previsão de inflação para o ano de
2018.
Portanto o que os brasileiros podem esperar é um
pouco mais de inflação com menos crescimento econômico e mais desemprego. Vamos
aguardar as decisões de política econômica que o governo irá implementar para
tentar amenizar este cenário adverso para os brasileiros.
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