As informações podem ser apresentadas para a
população de diversas formas. Pode-se apresentar uma notícia ruim como se fosse
uma coisa boa e vice-versa, dependendo dos interesses envolvidos naquele
momento. Isto é muito comum acontecer com as informações econômicas por parte
de muitos governos.
Sempre que há a divulgação de alguma estatística
os governos tratam de efetuar divulgações de notícias efetuando uma análise dos
dados divulgados. Infelizmente os resultados econômicos obtidos pela economia
brasileira nos últimos oito anos não foram muito bons e há a necessidade de se
fazer uma leitura crítica destes resultados e buscar soluções de políticas
econômicas para melhorar os cenários futuros. Daí a necessidade em se amenizar
os impactos das notícias ruins para que não gere pânico entre a população em
geral e se reduza a credibilidade nos agentes políticos.
Um do agregados econômicos que geram muita
apreensão, tanto na população em geral quanto nos agentes políticos que possuem
cargos ou funções nos executivos federal e estaduais, é o nível de emprego ou
de desemprego. No ano de 2011 nosso país possuía 46,3 milhões de brasileiros
empregados com carteira assinada, entretanto a crise fiscal e de confiança que
nosso país enfrentou de lá para cá não conseguiu melhorar o cenário do mercado
de trabalho: estima-se que o país possua atualmente, com dados de março deste
ano, 46,1 milhões de trabalhadores empregados no mercado formal.
São 180 mil postos de trabalho a menos do que o
total existente no início da década, um número preocupante se considerarmos que
a cada ano aumenta o número de pessoas entrando em idade economicamente ativa e
aumenta, também, o número de pessoas procurando emprego.
Os governos tentam amenizar os impactos dessas
informações com notícias que apontam dados que estão melhorando, mas a
realidade está posta: o desemprego está assombrando os brasileiros.
E o pior de tudo é que para se melhorar a
conjuntura do mercado de trabalho a economia precisa crescer e para que a
economia volte a crescer há a necessidade de se conter o déficit público e
estabilizar a dívida pública. Mas nem o governo anterior e nem o atual
conseguiram tais feitos e continuamos num processo de agravamento da situação
econômica.
Mas, segundo o adágio popular, a esperança é a
última que morre. Daí a população passa a depositar as suas esperanças nos
próximos governantes. Sempre temos a expectativa de que o próximo governo
sempre será melhor do que os anteriores e criamos um fluxo circular de
expectativas que sempre redundam em desilusões. Se não bastasse isto parece que
o eleitor mediano brasileiro sofre de amnésia e sempre se ilude com
determinados personagens políticos e continuam a votar nos mesmos indivíduos.
Sempre em épocas de eleições os candidatos
competem entre si fazendo promessas de soluções dos problemas da sociedade. E o
pior é que uma boa parte da população acredita nestas promessas e votam neles,
novamente. Não refletem sobre a possibilidade ou não de se cumprir o prometido.
Na verdade, nem o político que fez o compromisso ou promessa tem convicção da
possibilidade de se cumprir. Muitos deles sequer têm noção da real situação
financeira do país ou do estado.
E assim continuaremos, de eleição em eleição, se
permitindo enganar por políticos que passam pelo poder e nada fazem pela
sociedade. Tem muitas pessoas que acreditam que “pior do que está não pode
ficar”. Eu já acredito que pode piorar, sim. Basta analisarmos com mais senso
crítico o perfil e as propostas dos pré-candidatos que surgem dia-a-dia, muito
pouco eles têm a propor para a sociedade.
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