A economia brasileira está melhorando. Pelo
menos é isto o que os indicadores estão apontando. Não que possamos sair
comemorando, pois ainda há muito a se recuperar do desastre proporcionado pelos
governos Lula e Dilma, mas já podemos dizer que estamos vendo a luz no fim do
túnel. Os eventos recentes apontam para uma melhora significativa e as poucas e
recentes reformas implementadas pelo governo federal já deram conta de colocar
um certo ânimo nos agentes econômicos internos e externos.
Mas ainda há muito por se fazer: não podemos
esquecer da necessidade de se equilibrar as contas públicas, de efetuar ações
para aumentar o crescimento do PIB, de incentivos para o aumento do nível de
emprego e do surgimento de políticas públicas que promovam uma distribuição de
renda em nossa sociedade.
A condução da política econômica brasileira está
ocorrendo de forma responsável e os resultados positivos já começaram a
aparecer. Porém, ainda é pouco diante do que precisamos recuperar. Agora as
expectativas se voltam para as eleições presidenciais onde os candidatos que
despontam na disputa demonstram as ideologias e ideias que seguirão e do que
serão capazes de realizarem na área econômica. E isto que assusta, pois os
candidatos que despontam nas pesquisas de intenção de votos com possibilidade
de irem para o segundo turno e os que podem, segundo essas pesquisas, vencer a
eleição, não possuem propostas coerentes e factíveis para a área econômica.
O atual governo conseguiu reduzir a inflação e o
crescimento da economia se reverteu para valores positivos, sem falar na freada
na escalada do desemprego e na sensível melhora nos resultados do saldo da
balança comercial e na corrente de comércio. Mas o governo Temer não conseguirá
maiores avanços, pois este governo já acabou.
Algumas ações serão realizadas, porém os efeitos
reais na economia serão cosméticos, uma vez que os brasileiros irão voltar suas
atenções para a copa do mundo e para as eleições. Mais uma vez o país será
entorpecido pelo “pão e circo” e poderemos ter um desastre para a economia como
resultado das eleições presidenciais.
A decisão recente de redução na taxa básica de
juros da economia foi importante, mas ainda é considerada alta. Estamos com uma
taxa de 6,5%, enquanto nossos vizinhos próximos apresentam taxas inferiores:
Colômbia com 4,5%, Peru com 3% e Chile com 2,5%, para citar países com
economias mais sólidas. E no resto do mundo, nos países que possuem governos
democráticos e economias bem administradas, não há taxa de juros tão elevadas
como a nossa.
Com efeito, ainda é possível que este governo
entregue o país em condições melhores que recebeu, basta agir com
responsabilidade na condução da política econômica. Contudo a indicação de que
Temer possa disputar as eleições preocupa, pois poderá mudar o foco da atual
política econômica e aumentar os gastos com a intenção de ser mais palatável
para o eleitorado. Isto seria uma irresponsabilidade. Temer não venceria e não
vencerá as eleições, portanto não deveria disputá-la. Deveria se limitar a
concluir seu mandato com responsabilidade.
Há muito espaço e necessidade de redução da taxa
básica de juros: a inflação está em queda e nossa economia precisa crescer. Não
estão fazendo nada de extraordinário, somente aquilo que é necessário. Com a
redução dos juros o investimento privado e o consumo das famílias tendem a
aumentar, aumentando o PIB e aumentando o emprego. A fórmula é simples. Bastar
ter disposição e coragem para fazer.
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