As estatísticas recentes de
desemprego no país vêm demonstrando o tamanho da lambança que o governo federal
patrocinou com a má gestão da coisa pública. A insistência dos formuladores de
política econômica em lançar medidas populistas que afetam os fundamentos da
economia causaram danos quase que irreparáveis para nossa sociedade.
Segundo dados do IBGE, o
Brasil encerrou o primeiro trimestre do ano com 11 milhões de desempregados. Um
recorde que ninguém gostaria de atingir. E o pior é que o governo Dilma
insistia (e acredito que insista ainda) em dizer que existe uma crise econômica
mundial. A crise é brasileira. E a culpa é única e exclusiva do próprio governo
que, com sua trupe, promoveu um verdadeiro “trem da alegria” com as
instituições federais e, principalmente, com o dinheiro público.
No primeiro trimestre de
2013 o país tinha 7,7 milhões de desempregados e agora são 11 milhões e a
expectativa é de que este contingente de desempregados tenda a crescer nos
próximos anos. Isso mesmo, o governo Temer não é a salvação da pátria como eles
vêm pregando. O discurso é de preocupação, mas até agora nada de concreto foi
iniciado.
Desde janeiro de 2013 até os
dias atuais 1,1 milhão de brasileiros perderam seus empregos e não conseguiram
outro. Da mesma forma, muitos jovens entraram em idade economicamente ativa e
começaram a buscar uma vaga. Sem falar nas pessoas que não estavam procurando emprego
e agora estão. Com efeito, temos a quantidade estimada em 11 milhões de desempregados.
Como nosso país tem
dimensões continentais esse desemprego não ocorre linearmente nos estados e
municípios do país, dada a dinâmica de cada região. No período de janeiro de
2013 até abril deste ano o estado do Paraná teve saldo positivo na geração de
emprego, foram 30 mil paranaenses que conseguiram um novo emprego. Não foi tão
ruim, mas da mesma forma isso não ocorre linearmente entre os 399 municípios do
estado. Em Apucarana 1.823 pessoas perderam seus empregos neste período e não
conseguiram outro e em Arapongas o desemprego também aumentou 2.268 postos de
trabalho.
Se considerarmos o volume de
jovens que começam a procurar o seu primeiro emprego e as pessoas que começam a
demandar ocupação para auxiliar na renda da família podemos afirmar, sem medo
de errar, que o desemprego em nossa região está elevado. Não são somente 1,8
mil e 2,2 mil desempregados em Apucarana e Arapongas, respectivamente. O volume
de desempregados é muito maior.
Temos que ter a compreensão
que não é somente o governo federal que tem que se preocupar com o bem estar da
população com relação ao emprego e geração de renda: governadores e prefeitos
também devem ter essa preocupação. Entretanto não vejo ações positivas neste
sentido por parte destes agentes políticos. As secretarias estadual e
municipais que são afetas à geração de emprego e renda são “vazias” de
propostas e ações. É como se não existissem.
Em 2016 teremos
eleições municipais. É o momento de começar a por na pauta de discussões com os
candidatos propostas e ações para geração de emprego e renda. Mas de forma
efetiva e não somente de forma coloquial. Não podemos mais nos encantar com o
“canto da sereia”. Os agentes políticos devem se comprometer mais e não ficar
somente no discurso.
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